segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Cinema

Ressaca do Oscar


Tão enfático quanto José Wilker...

Desta vez resolvi inovar e postei uma análise em vídeo da 79ª premiação do Oscar. Não deixem de comentar!!!

ERRATA: Babel venceu sim um Oscar. O longa de Iñarritu foi premiado com a estatueta de melhor trilha sonora. Desculpem-me pelo deslize!

5 comentários:

Tiago disse...

Grande Lulipe. Cara, gostei do novo formato multimídia para o comentário, mas tenho que discordar de algumas coisas. A apresentadora, pra mim, apresentou um trabalho "bom" (não diria que foi melhor do que isso), mas comete os mesmos erros (que não são erros) de fazer piadas internas. A maioria delas funciona mais para os americanos e para o pessoal do meio cinematográfico do que para as outras pessoas (a piada do roteiro para o Scorcese foi impagável). Quanto aos discursos de agradecimento, normal também. Pelo menos, na minha visão, fazer cinema é uma das coisas mais difíceis do mundo, e vc tem que agradecer mesmo quem te ajudou, e quem te apoiou, mes se essa pessoa for o cunhado... hehehe. Mas pra nós, espectadores, é chato. Quanto aos prêmios achei todos muito justos, exceto o de melhor filme em lingua estrangeira que deveria ser entregue para O Labirinto do Fauno (já que filmes de fantasia são sempre injustiçados, e um, ainda, falado todo em espanhol!!! Fiquei muito feliz com os outros prêmios que ele ganhou). E um problema que eu vejo ser crescente: roteiros simples de fazer, sem inovações, muito regulares, e filmes independentes tendem a conquistar mais facilmente o espectador. Não vi Pequena Miss Sunshine, por isso não vou ser injusto falando que não merecia os prêmios que levou, mas essa vertente é um modismo. São como os filmes brasileiros que sempre são novelas filmadas.

Tiago disse...

Grande Lulipe. Cara, gostei do novo formato multimídia para o comentário, mas tenho que discordar de algumas coisas. A apresentadora, pra mim, apresentou um trabalho "bom" (não diria que foi melhor do que isso), mas comete os mesmos erros (que não são erros) de fazer piadas internas. A maioria delas funciona mais para os americanos e para o pessoal do meio cinematográfico do que para as outras pessoas (a piada do roteiro para o Scorcese foi impagável). Quanto aos discursos de agradecimento, normal também. Pelo menos, na minha visão, fazer cinema é uma das coisas mais difíceis do mundo, e vc tem que agradecer mesmo quem te ajudou, e quem te apoiou, mes se essa pessoa for o cunhado... hehehe. Mas pra nós, espectadores, é chato. Quanto aos prêmios achei todos muito justos, exceto o de melhor filme em lingua estrangeira que deveria ser entregue para O Labirinto do Fauno (já que filmes de fantasia são sempre injustiçados, e um, ainda, falado todo em espanhol!!! Fiquei muito feliz com os outros prêmios que ele ganhou). E um problema que eu vejo ser crescente: roteiros simples de fazer, sem inovações, muito regulares, e filmes independentes tendem a conquistar mais facilmente o espectador. Não vi Pequena Miss Sunshine, por isso não vou ser injusto falando que não merecia os prêmios que levou, mas essa vertente é um modismo. São como os filmes brasileiros que sempre são novelas filmadas.

Unknown disse...

Parabéns pelo comentário do Oscar. O vídeo traz maior interatividade e a possibiidade de estender um pouco mais os comentários. Tenho que concordar que os agradecimentos são enfadonhos e extremamente deselegantes. Dispensáveis ao meu ver.
Prezado Thiago, a respeito de seu comentário sobre o gênero de "Pequena Miss Sunshine" ainda que esteja se tornando um modismo, é um tipo de concepção que traz uma visão mais limpa e singela ao cinema. É um roteiro muito mais interessante que o da maiorida das grandes produções, e possui o conteúdo que naquelas falta.
Acho válido que se torne um modismo, melhor que os terríveis filmes de ação.

Renato Pena disse...

Audácia da pilombeta!!!
Ficou bom, esse negócio. Um pouco longo, mas já se vê o potencial da coisa.
Tinha dito que vc está pra reporter de TV, assim como Nilmar está para o Corinthians. (Pra pensar!hehehehe!!!)
Acho Oscar meio cafona, por demais. Acho que cansei e fico sempre enumerando mais defeitos.
Só fecho interesse com as compilações apresentadas a cada ano. São edições extraordinárias. Nesta edição, até convidaram diretores conhecidos pra tarefa. Tenho na memória, edições trabalhosas de temas comuns. Tipo: quando falam de bicicleta, daí, buscam os diversos filmes importantes com bicicletas, em trabalho de pesquisa que vale gravar. Gosto do exercício do Rubens Ewald Filho, na citação de cada passagem (novas apostas da Globo se perdem, enumerando poucas cenas).
No mais, gosto do AO VIVO dos americanos, algo extremado, na medida que os dígitos de audiência ultrapassam os 9 números.
Eles criam o novo, no audiovisual, nesse tipo de evento. Oscar, Superbowl (sim, por que não?), eventos de premiação e esportivos, de modo geral, trabalham o drama da vida e da gente-quase-comum. Essa tecnologia avançou pra genese do reality show. Simples: as câmeras voam na reação do ganhador/perdedor, na comoção da esposa/filhos/tia/avó, na perplexidade dos astros-propaganda-de-grife. Tudo expontâneo. Tudo para parecer expontâneo.
Sobre premiação, digo sempre o que escrevi dias antes de Fernanda Montenegro perder o Oscar para Gwyneth Paltrow: o prêmio não vai melhorar o filme, obra acabada.
Oscar deveria servir pra jogar luz sobre bons filmes. Mas para um cinéfilo surrado como eu, festivais europeus e independentes são mais reveladores.

Luis Felipe disse...

Pois é Renato, concordo com você! Para mim o grande destaque da noite (fora a ovação ao Scorsese) foram os clipes em homenagem ao Ennio Morricone e o clipe do Michale Mann sobre a visão dos "States" passado pelo cinema!! Ele é um monstro... Pena ver que a Nancy Myers bão tem um milésimo desse talento. O vídeo que ela editou sobre a dificuldade dos roteiristas era um clichê terrível, só retratou o óbvio e ainda fechou com o manjadíssimo tema do missão impossível. Aff!