sábado, janeiro 16, 2010

Reflexão

O blog, bem como o autor deste, estarão fechados para balanço nos próximos dias. Descobri que não adianta tentar levar isso adiante sem a inspiração e a vontade que têm me faltado nos últimos dias, por isso peço um tempo para colocar a cabeça no lugar.

Obrigado a todos os visitantes.

domingo, janeiro 03, 2010

Games

Filmes jogáveis


Aos fãs de cinema: a trama de Uncharted 2 não deve nada à Hollywood

Aproveito a alvorada de 2010 para renovar (uma vez mais) a esperança de tornar este espaço mais movimentado do que fora durante os últimos dias. Como desculpa, digo que as derradeiras semanas do ano que passou foram marcadas pela correria de uma vida profissional cada vez mais atribulada e pelo sem número promessas de um ano novo ainda mais ativo.

Ativo como a indústria dos games esteve em 2009! Dizer que a jogatina eletrônica já superou Hollywood economicamente é chover no molhado. O astronômico sucesso de Call of Duty: Modern Warfare 2 figurou nas manchetes dos jornalões da grande imprensa, aqueles mesmos, que adoram eleger um ou outro game como responsável pela desestruturação da família moderna e do crescimento da violência entre os jovens. Aliás, nem mesmo as cifras pompudas salvaram Modern Warfare 2 da polêmica.

O interessante, entretanto, é que, ao contrário do que comumente fazem outros veículos de entretenimento, a indústria dos games – Modern Warfare 2 incluído – procura encarar tais polêmicas de frente, quebrando um a um tabus em temas centrais da vida humana, como sexo, violência e o convívio em sociedade. É claro que o simples avanço de sinal nessas questões morais não significa qualidade ou substância. Basta pensar em como o mercado fonográfico atual se vale do apelo sexual para vender artistas. Não é essa a questão.

A coragem dos games atuais só é possuidora de mérito porque está ancorada em excelentes roteiros e em quebra de paradigmas. E no ano no qual de fato sentimos os efeitos da greve dos roteiristas de Hollywood ocorrida em 2008, a qualidade da narrativa dos melhores jogos fica ainda mais evidente. Enquanto alguns games buscam a total customização para que o jogador seja capaz de criar a própria história em um mundo pré-concebido, outros games se encarregaram de nos colocar no papel de legítimos heróis que só o cinema de ação parecia ser capaz de conceber. Destaco aqui dois desses jogos cinematográficos, que nada devem às melhores produções da sétima arte, e que mantiveram ocupado em frente a TV enquanto poderia estar cuidando melhor deste blog:


Batman: Arkham Asylum
Batman alcançou sucesso de público e crítica nos quadrinhos, animações e nas telonas. Nos games, porém, amargurou um sem número de jogos pouco inspirados e sem nenhuma graça. Arkham Asylum, desenvolvido pela Rocksteady, chegou para mudar este quadro. Aqui o jogador se sente na pele do homem-morcego, precisando enfrentar uma rebelião no sanatório que abriga os criminosos mais perigosos de Gothan. A abordagem sombria pega carona nos filmes de Christopher Nolan, porém, sem perder o estilo próprio. Para completar, a aventura foi dublada pela equipe consagrada em Batman: The animated series de Bruce Timm. Destaque para o eterno Luke Skywalker, Mark Hamil, uma vez mais impregnando o Coringa com alta dose de loucura e charme.



Uncharted 2: Among Thieves
Que George Lucas me perdõe, mas Uncharted 2: Among Thieves é tudo o que os filmes de Indiana Jones sonharam ser um dia. A aventura de Nathan Drake e seus comparsas tem ação, humor, exploração e personagens pra lá de carismáticos, um enredo com pelo menos 12 horas de muitas reviravoltas, e o melhor de tudo: você está no papel de protagonista. Uncharted 2 merece todos os prêmios de melhor jogo do ano. Funcionaria perfeitamente no cinema? Sim. Mas que criem uma nova história, pois não há razão para que um produto com fotografia, enredo e mise en scène tão descaradamente cinematográficos seja repetido na tela grande. Principalmente em uma era dominada por gigantescas TV’s de Plasma, Led e LCD.


O elenco de Uncharted 2 posa com seu figurino de motivo "natalino".

Na próxima postagem, espero dar início a já tradicional relação anual de melhores do cinema. Até lá!