domingo, maio 24, 2009

Televisão

#SaveEarl

Na semana passada, para meu desepero, a rede NBC confirmou o cancelamento de My name is Earl, verdadeira pérola da comédia americana. Rumores indicam que a série pode ganhar uma segunda chance em outra emissora – a FOX e o canal a cabo TBS estariam entre os possíveis destinos. A chance de que a série ganhe sobrevida animou os fãs – eu incluso –, que começaram a inundar o site de microblogging Twitter com posts com a tag #SaveEarl. O objetivo é tornar a campanha de "salvamento" um dos assuntos mais comentados no Twitter todos os dias.



* Como hoje em dia é preciso arrumar uma data para tudo, amanhã, dia 25/05, será comemorado o "Dia do orgulho Nerd". A data foi escolhida por tratar-se do aniversário da estréia do primeiro filme da franquia Star Wars, talvez o maior ícone nerd de todos os tempos. Acho a ideia boba, como a esmagadora maioria das datas comemorativas. Tenho orgulho de ser quem sou e como sou todos os dias – a não ser quando faço uma burrada... Se pelo menos fosse feriado para os nerds... De qualquer forma fica o registro e uma homenagem: Megan Fox, a musa nerd da vez, vestindo a camisa!

quinta-feira, maio 21, 2009

Cinema

De que lado você está?


Enquanto Wolverine advoga em nome da ação descerebrada...

Dois filmes, uma proposta. X-MEN: Origens – Wolverine e Star Trek iniciaram a temporada de blockbusters de verão com objetivo único: garantir mais alguns milhões de dólares aos seus estúdios por meio de franquias já consolidadas. Mas embora os fins fossem os mesmos, os meios empregados se mostraram bastante distintos. Enquanto o filme protagonizado pelo nervoso mutante canadense – pra lá de ruim representa um claro retrocesso para a franquia “X”, Star Trek desponta como a ressurreição de um mito há anos dado como “morto”.

Uma análise dos números das bilheterias das duas produções propicia um olhar curioso a respeito da “dualidade” mercadológica que atualmente toma conta de Hollywood. Wolverine aposta em um roteiro de ação ininterrupta e descerebrada, visando claramente o público adolescente. No começo, a receita deu certo – foram arrecadados aproximadamente 87 milhões de dólares no fim de semana de estréia. Foi o bastante para que a Fox, preocupada com que tais números fossem prejudicados pelo vazamento prévio do filme na Internet, respirasse aliviada, assegurando também uma continuação. O estúdio só não contava que as péssimas críticas e o boca-a-boca negativo fizessem os números desabarem nas semanas seguintes – queda de quase 70% na primeira semana, acrescidos de mais um rombo de 44% na semana posterior.

Por sua vez, Star Trek apostou em uma fórmula que equilibra ação e conteúdo. O longa de JJ. Abrams honra a memória da série, consagrada pela narrativa amplamente amparada na ciência de ponta. Esse conteúdo, até certo ponto sofisticado, não espantou a audiência. No final de semana de estréia, a produção da Paramount faturou gordas 76 milhões de verdinhas. Diferentemente do longa da Fox, Star Trek foi exaltado pela crítica e ajudado pela propaganda positiva feita por quem já lhe havia assistido. Com isso, Trek teve uma queda menor de bilheteria em sua segunda semana em cartaz do que o filme do “carcaju” – apenas 43%, o que deve fazer com que a arrecadação total de Trek supere a de Wolverine até o vindouro fim de semana –, algo que amplia o debate em torno de quão “sofisticado” devem ser os novos arrasa-quarteirões.

... Star Trek defende que uma trama deve ter algo além de explosões.

Em uma sociedade onde jovens recebem uma gigantesca carga de informação providenciada por games, Internet, quadrinhos, música e todo o tipo de entretenimento, é de se espantar que o cinema ainda considere fazer sucesso com filmes que não possuem preocupação mínima com um enredo. Ora, simples escapismo está atualmente acessível na palma da mão, basta ter um celular um pouco acima da média. Imaginem então o que faz uma jovem com um bom computador e uma Internet de alta velocidade! Violência, sexo, efeitos especiais e uma trilha sonora pra tudo isso de graça, com a vantagem de, em muitos casos, poder interagir diretamente com a mensagem.

Está na hora do cinemão americano repensar seu modus operandi. Não foi a primeira vez que um filme pipoca de roteiro mais elaborado que o usual dominou as bilheterias. O argumento único da “experiência sensorial” proporcionada pela tela grande não resistirá muito tempo face à escalada tecnológica da alta definição dos home theathers. É preciso garantir um retorno maior ao espectador que se dispõe ir ao cinema. Algo que transcenda as duas horas de exibição. Em suma, é preciso conteúdo. Que os roteiristas se preparem, pois a onda do cinema cabeça chegou para ficar.

sexta-feira, maio 15, 2009

A vida como ela é

A nova ordem musical


AC/DC não tem tudo a ver com MC Créu e Mulher Melancia?

Não, não, não. Estou vivo e bem. Meu sumiço se deve ao fato de ter embarcado em um novo emprego. Estudar e trabalhar não deixam muto tempo para atividades "bloguistícas".

Escrevo para contar um episódio curioso que aconteceu comigo, ontem, enquanto voltava para casa de ônibus. Duas "patricinhas" adolescentes sentaram atrás de mim e começaram a fofocar, em alto e bom som, para que todo mundo ouvisse sobre as incríveis desventuras amorosas que preenchiam a vida delas. Era um "já peguei" pra cá, um "esse eu pegava" pra lá, quando de repente, elas resolvem colocar uma musiquinha no celular: como desgraça pouca é bobagem, um funk bem tosco, mais uma vez em ALTO e bom som.

Refleti com meus botões: "A molecada realmente gosta disso? Ninguém mais tem bom gosto nessa faixa etária?". Enquanto isso, o assunto das meninas desviava o foco. Passaram a falar sobre música, criticando as preferências de um colega emo. Subitamente, elas providenciaram a surpresa do dia, ao argumentarem o porquê da desaprovação do estilo do colega:

– Se ele pelo menos curtisse um rock bacana, tipo Guns ou AC/DC...

Peraí... Eu entendi certo? As garotas "funkeiras" curtem AC/DC? Será que estou tão velho assim para compreender a miscelênia por trás dos gostos musicais da nova geração? O que vocês acham?