segunda-feira, outubro 02, 2006

Política

Cine Trash


Collor, uma das estrelas da "Volta das assombrações, parte 666"

Não existe melhor analogia para descrever o ciclo do poder no Congresso Nacional do que aquela que o compara a um tenebroso filme de terror, daqueles extremamente mal produzidos, os famosos filmes “B”. Ao observar o retorno ao poder de gente como Jader Barbalho, Fernando Collor, Paulo Maluf e José Sarney - novamente eleito pelo estado do, pasmem, Amapá (!?) - fica impossível não se lembrar de Jason Worthes, protagonista da franquia Sexta-feira 13, sujeito bizarro, que julgamos estar morto e enterrado ao final de cada história, mas assim como os maus políticos, sempre dá um jeitinho de voltar para nos assombrar uma vez mais.

O que acontece na cabeça do eleitor brasileiro? Será que merecemos os governantes que temos?

Levanto duas hipóteses para tentar explicar o fenômeno que costuma se repetir no Brasil à cada quatro anos. A primeira diz respeito à qualidade da informação que o eleitorado tem acesso. Fica evidente que nem todas as pessoas tem a real dimensão do que os "mensaleiros" e "sanguessugas" representam para o país e, por conseqüência, para cada cidadão. A outra hipótese diz respeito a desigualdade social existente no Brasil, que deixam milhões de eleitores reféns do coronelismo político adotado por algumas destas “assombrações” eleitorais.

Aparentemente, a única forma de reverter este quadro é investir na educação da população, e aqui não me refiro apenas as camadas mais carentes da sociedade. Boa parte das classes mais favorecidas são coniventes com este tipo de políticos. As pessoas precisam entender que uma boa gestão traz benefícios para toda a população, melhorias equivalente àquelas prometidas por alguns candidatos a pequenos grupos de pessoas (o curral eleitoral), que geralmente não são cumpridas. Para isso, nada melhor do que uma sociedade bem preparada, qcapaz de exigir dos governantes e da imprensa informação de qualidade para avaliar quem deve ou não receber seu voto de confiança.

Felizmente alguns cidadãos já fizeram o dever de casa e tomaram consciência de sua importância na processo democrático, deixando de fora do poder algumas figurinhas carimbadas, que nunca mereceram por os pés no Congresso Nacional. Uma salva de palmas para os eleitores que legitimamente “cassaram” os mandatos de gente como Ney Suassuna, Severino Cavalcante, a "dançarina" Ângela Guadagnin, os protegidos de ACM e 45 dos 50 sanguessugas que assolaram o país durante o último mandato.

Um comentário:

Angel Feathers Tickle Me disse...

Love to all....