domingo, janeiro 03, 2010

Games

Filmes jogáveis


Aos fãs de cinema: a trama de Uncharted 2 não deve nada à Hollywood

Aproveito a alvorada de 2010 para renovar (uma vez mais) a esperança de tornar este espaço mais movimentado do que fora durante os últimos dias. Como desculpa, digo que as derradeiras semanas do ano que passou foram marcadas pela correria de uma vida profissional cada vez mais atribulada e pelo sem número promessas de um ano novo ainda mais ativo.

Ativo como a indústria dos games esteve em 2009! Dizer que a jogatina eletrônica já superou Hollywood economicamente é chover no molhado. O astronômico sucesso de Call of Duty: Modern Warfare 2 figurou nas manchetes dos jornalões da grande imprensa, aqueles mesmos, que adoram eleger um ou outro game como responsável pela desestruturação da família moderna e do crescimento da violência entre os jovens. Aliás, nem mesmo as cifras pompudas salvaram Modern Warfare 2 da polêmica.

O interessante, entretanto, é que, ao contrário do que comumente fazem outros veículos de entretenimento, a indústria dos games – Modern Warfare 2 incluído – procura encarar tais polêmicas de frente, quebrando um a um tabus em temas centrais da vida humana, como sexo, violência e o convívio em sociedade. É claro que o simples avanço de sinal nessas questões morais não significa qualidade ou substância. Basta pensar em como o mercado fonográfico atual se vale do apelo sexual para vender artistas. Não é essa a questão.

A coragem dos games atuais só é possuidora de mérito porque está ancorada em excelentes roteiros e em quebra de paradigmas. E no ano no qual de fato sentimos os efeitos da greve dos roteiristas de Hollywood ocorrida em 2008, a qualidade da narrativa dos melhores jogos fica ainda mais evidente. Enquanto alguns games buscam a total customização para que o jogador seja capaz de criar a própria história em um mundo pré-concebido, outros games se encarregaram de nos colocar no papel de legítimos heróis que só o cinema de ação parecia ser capaz de conceber. Destaco aqui dois desses jogos cinematográficos, que nada devem às melhores produções da sétima arte, e que mantiveram ocupado em frente a TV enquanto poderia estar cuidando melhor deste blog:


Batman: Arkham Asylum
Batman alcançou sucesso de público e crítica nos quadrinhos, animações e nas telonas. Nos games, porém, amargurou um sem número de jogos pouco inspirados e sem nenhuma graça. Arkham Asylum, desenvolvido pela Rocksteady, chegou para mudar este quadro. Aqui o jogador se sente na pele do homem-morcego, precisando enfrentar uma rebelião no sanatório que abriga os criminosos mais perigosos de Gothan. A abordagem sombria pega carona nos filmes de Christopher Nolan, porém, sem perder o estilo próprio. Para completar, a aventura foi dublada pela equipe consagrada em Batman: The animated series de Bruce Timm. Destaque para o eterno Luke Skywalker, Mark Hamil, uma vez mais impregnando o Coringa com alta dose de loucura e charme.



Uncharted 2: Among Thieves
Que George Lucas me perdõe, mas Uncharted 2: Among Thieves é tudo o que os filmes de Indiana Jones sonharam ser um dia. A aventura de Nathan Drake e seus comparsas tem ação, humor, exploração e personagens pra lá de carismáticos, um enredo com pelo menos 12 horas de muitas reviravoltas, e o melhor de tudo: você está no papel de protagonista. Uncharted 2 merece todos os prêmios de melhor jogo do ano. Funcionaria perfeitamente no cinema? Sim. Mas que criem uma nova história, pois não há razão para que um produto com fotografia, enredo e mise en scène tão descaradamente cinematográficos seja repetido na tela grande. Principalmente em uma era dominada por gigantescas TV’s de Plasma, Led e LCD.


O elenco de Uncharted 2 posa com seu figurino de motivo "natalino".

Na próxima postagem, espero dar início a já tradicional relação anual de melhores do cinema. Até lá!


3 comentários:

Tiago disse...

Poxa cara, falta na sua lista o expoente nesse gênero (filme jogável): Mass Effect. O jogo da Bioware, pra mim, é o melhor já feito. É tanto filme que os diálogos são DECUPADOS, com direito à movimento de câmera e tudo mais, close, super close, etc, e traz também a opção de colocar GRANULADO na tela, lembrando a granulação que os sais de prata conferem à película... além de ter uma jogabilidade que beira a perfeição, também tem um roteiro impecável. Cara, recomendo 100%. Outro que não é TÃO filme quanto Mass Effect, mas também tem dialogos muito bons e decupados, e também é da Bioware (que pra mim, faz parte da trindade atual de empresas desenvolvedoras de games: Blizzard, Bioware e Bethesda, e só agora reparei que as 3 começam com B!!!), e se chama Dragon Age Origins. Mas se quer imersão, tanto quanto enredo, história, decupagem, etc, não pode perder o incrívelmente incríver e o mais imersivo de todos: Fallout 3! Abraços cara!

Glayce Santos disse...

¬¬ assim, eu não me sinto limitada só porque não conheço nem um desse filmes; meu genero é outro e ponto. rs Mas me sinto frustrada por vc ter meio que abandonado este barraco. Vamos mudar o visual dele? Tá, sei que não adianta mudar o visual se não tem conteúdo, e conteúdo é o que não falta por aqui. Mas, sei lá, talvez vc fique mais animadinho. rs

beijocas, principe. =)

Glayce Santos disse...

Filhote... tava com saudade do seu BRUXINHA! rs =)

Oh, me diz o que vc quer mudar; farei questão de ajudar. Jà havia oferecido antes, mas vc n quis...rs

Qd me ver no MSN (mesmo ocupada) fale comigo e a gente vê algo legal, filhote!

beijoca