terça-feira, janeiro 20, 2009

Cinema

...oirártnoc oA


Sim garotas, é mesmo Brad Pitt...

Quem nunca parou para pensar em quão bom seria se pudéssemos rejuvenescer com o passar dos anos? Não seria muito mais justo desfrutar do apogeu físico quando já tivéssemos a sabedoria que só os anos bem vividos nos trazem? Nascermos velhos, morrermos jovens... Pois bem, a ideia é recorrente – eu mesmo tenho uma tia que vive dizendo isso –, mas só agora ganha uma produção digna de nota, capitaneada pelo cineasta David Fincher, inspirada em um conto de F. Scott Fritzgerald.

Como bem nos ensina o roteiro de O curioso caso de Benjamin Button, na vida, tudo tem momento certo, o que explica a demora em abordar o tema. Fazer um filme como este há alguns anos seria impossível ou, no mínimo, exigiria um esforço descomunal de dublês e maquiadores (embora estes últimos ainda tenham sido exigidos ao máximo). O desenvolvimento da tecnologia de modelos digitais, largamente utilizada na indústria dos games, somada à técnica de captura de performance, que deu vida a criaturas como Gollun e filmes como A lenda de Beowulf, foi o que possibilitou que Fincher filmasse a fábula de forma convincente.

Benjamin Button (Brad Pitt, quase irreconhecível em alguns momentos, em atuação afiadíssima) nasce em Nova Orleans, no ano de 1918. Sua mãe, prestes a morrer em decorrência do parto, clama ao pai da criança para que o filho não seja abandonado. O pedido é prontamente atendido, mas a promessa é desfeita assim que ele vê a criança. O bebê é deixado em um asilo, onde médicos constatam que ele sofre de envelhecimento precoce, devendo ter pouco tempo de vida. O diagnóstico pessimista não desencoraja Queenie (Tajari P. Henson) enfermeira do asilo, a adotar a criança.


Benajmin é a prova cabal de que não é a aparência externa que nos define

Benjamin passa então a crescer cercado de idosos, o que lhe dá uma perspectiva peculiar da realidade. À primeira vista, ele sente estar entre iguais, mas basta ver crianças brincando do lado de fora para que ele se de conta de que algo está errado, de que é diferente. Se até mesmo Benjamin fica confuso com a própria condição, como explicar para um mundo governado pelas aparências que aquele corpo velho é a morada de uma inocente criança?

Os pré-julgamentos motivados pela aparência tornam-se os motores da trama. A condição única de Benjamin o impede de ter relacionamentos convencionais, confere um ritmo totalmente distinto a vida do personagem e o coloca deslocado em relação ao restante do mundo, drama parecido com o do protagonista de Forrest Gump. Uma das poucas pessoas que consegue enxergar o verdadeiro Benjamin por trás de rugas e cabelos grisalhos é Daisy (Cate Blanchet, sempre ótima) garota pela qual ele imediatamente se apaixona.


Com vidas em direções opostas, é preciso esperar o momento de amar

A direção de Fincher é primorosa em todos os sentidos. Em um primeiro momento, saltam aos olhos as impressionantes transformações de Pitt e Blanchet, mas a fotografia magistral de Caudio Miranda e a montagem precisa que intercala as memórias dos protagonistas também se destacam. O grande destaque da fita, porém, está na reflexão levantada pelo roteiro de Eric Roth: ao nos darmos conta de que Benjamin precisa esperar pacientemente os momentos exatos para dar vazão aos próprios sonhos, nos damos conta de como desperdiçamos as oportunidades da vida em prol de futilidades.

6 comentários:

Dr Johnny Strangelove disse...

Pense como estou louco para ver esse filme. E acredito com a plena certeza que ele vai ser indicado ao Oscar ...

Um grande abraço e até!

Luis Felipe disse...

Também acredito nisso, e acrescento: acho que será um dos favoritos. No mais, não perca tempo e vá ao cinema Johnny!!! Vale a pena!!!

Abraços!

Anônimo disse...

E eu já estou louco para rever. É um filme magistral!

Anônimo disse...

Hehe, interessante o título ;-) Não cheguei a considerá-lo um filme espetacular, mas sem dúvida é mais um belo trabalho do diretor.

Anônimo disse...

Olá Luis Felipe, estou criando um blog sobre cinema e gostaria de incluí-lo na minha lista de links. O endereço é http://thecinemaniaco.wordpress.com/. Depois me dê um retorno aprovando a inclusão de seu link e fazendo uma visita ao blog. Abs!

Glayce Santos disse...

AAAHHHH, só eu que não vi!
Já ouvi falar muito deste filme, um amigo blogueiro me chamou para ver este filme, mas nem pude ir...=( Qd eu for ppra sampa, verei!!!! Te conto depois!!!

Ou, senti saudades de vc, sabia?

Se por acaso vc tem contume de entrar no msn: gleyce.los@gmail!
me add

beijãããão